domingo, 27 de novembro de 2011

O MEU SER

"Vejo uma luz no horizonte, num estranho conjunto de nuvens negras que escondem o sol. Sinto a penumbra a querer tocar-me com suavidade, sobre o topo de uma montanha para uma falésia.
Vejo os falsos e verdadeiros sorrisos de que rodeia-me, mas é clara a minha compreensão que apenas posso confiar em mim mesmo, mantendo as minhas costas contra os caminhos já percorridos e a avançar contra os ventos.
Posso ter sido um talismã ou inspiração para uns, a salvação para outros, assim como um inimigo ou um "ser" odiado por muitos outros mas... cada vez mais descubro que manter mais alto as muralhas da minha existência, equilibra aos poucos a ponte feita de cordas.
Cada corda foi lições de vida aprendidas ou absorvidas também a acontecimentos que atingiram outras pessoas, servindo também para aprender.
Cada corda são o passado que fica para não esquecer em cair nos mesmo erros.
Cada corda são sacrificios e suor em alcançar o que por vezes parece perdido. Mesmo as causas perdidas, mesmo aquelas que não permitiram-me alcançar, por maldade, injustiças, invenjas ou limitações em certas pessoas ou até mesmo por existir pessoas que não querem dar o braço a torcer pelo orgulho em admitir o óbvio e os erros... Mesmo tudo isso... Mesmo... Posso ter incialmente vagueado num barco à deriva para onde levava-me o vento ou caminhos que apesar de terem cruzamentos, não optava, apenas seguia sempre em frente.
Mágoas, decepções, feridas dificeis em sarar mas que, acaba por vir ao de cima o que marca fortemente a minha personalidade e o que faz-me em ser genuino. Dessa forma, deixo ficar presente cicatrizes só vistas pelos meus olhos ou pensamentos, para relembrar o guerreiro que jamais deixei em ser.
Existe pessoas que andam cegas ou sem saberem ao certo o que realmente querem na vida, mesmo sem saberem que vivem nessa condição e dessa forma, magoam e julgam mal o que é realista para seu bem e... optam em seguir o seu instinto com uma ruptura nos seu leme para navegar... os erros esses acabam por ser sempre de novo cometidos. O valor, preocupação, sacrificios, é tudo esquecido pelas tempestades de areia que enviam na direcção de quem não merece.
Depois... Depois... Será tarde de mais! Depois... Depois... O valor é dado, mas quando olham de novo, reparam nas cicatrizes e chagas que provocaram.
Nesse momento caiem de joelhos e mãos na cabeça e... "O que é que eu fiz!!"
Virando costas, erguido que está o meu corpo, avanço sentido os anos que pesaram em mim, por pensar em demasia no que não merecia ter passado mas... a força e o que sou, é como água que limpa a sujidade.
Dessa forma a brisa, o luar, aquela areia e o som repladescente das ondas, a música, o escrever, o viajar... vai ao reencontro da continuidade a partir de onde parei.
Assim, estou disposto a conquistar de novo o que foi outrora parte de mim.
O passado fortalece-me! O presente esse, é vivido um dia de cada vez, fazendo acontecer o futuro, minuto a minuto.

E como Júlio César disse uma vez:
"As derrotas são a dor mas também o início de grandes feitos e vitórias.
Cada soldado de Roma, é uma parte de uma corrente dificil de quebrar. Apenas cede e recua, mas nunca quebra!"

Já tinha perdido a noção que fui assim e voltei a ser!"